Marrocos procura ser um grande centro logístico mundial, bem como o maior de África, atraindo grandes empresas e tecnologias, e tem vindo a apostar cada vez mais na logística para esse efeito. Recentemente foi inaugurado o Tanger Med 2, uma expansão do anterior Tanger Med na qual investiu 88 mil milhões de dirhams (cerca de 21.3 mil milhões de euros), dos quais 53 (cerca de 12.8) provenientes de investimento privado.
Este novo investimento, localizado no Estreito de Gibraltar, a 40km de Tanger e a 14 da costa espanhola, levou a um aumento de capacidade de 3,5 para 9,5 milhões de TEU por ano, ultrapassando os seus concorrentes Porto Said, no Canal de Suez, e Durban, na África do Sul, ambicionando crescer um milhão de TEU anualmente.
Em Tanger Med já passam 139 mil milhões de dirhams (cerca de 33.7 mil milhões de euros) em mercadorias, o equivalente a 50% das exportações de Marrocos, e fora responsável pela ligação, pela primeira vez, dos portos de Djibuti, Irlanda, Bahrein, Guatemala e Madagáscar. Graças a este porto, 912 empresas dos sectores industrial, logístico e de serviços, como por exemplo a Bolloré, estão presentes no país.
A aposta nas zonas livres também tem trazido vantagens para o país, e clientes, encontrando-se em Marrocos a principal do continente africano, a Zona Franca de Tanger (TFZ). Por exemplo, a Zona Logística Livre Medhub, inaugurada em 2008, traz vantagens fiscais e aduaneiras aos seus clientes, entre os quais Bolloré, Bosch, Emirates ou Société Nationale du Transport et de la logistique (SNTL).
Marrocos tem ainda em desenvolvimento um projecto em parceria entre a Tangier Tech Development Company e a China Construction Communication Company, chamado Cité Mohammed VI Tânger Tech, uma smart city que irá abranger indústrias e multinacionais em mais de 2.000 hectares, reforçando especialmente a presença chinesa no país.
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